A produção de conhecimento na defesa das terras indígenas: entre epistemologia, identidade e política

Autores

  • Raúl Díaz

DOI:

https://doi.org/10.20435/tellus.v0i20.213

Resumo

Esta é uma refl exão a partir de pesquisas em que se documentou frente à justiça sobre a ocupação e o modo de tratar seus territórios por parte de comunidades indígenas (Mapuches – Neuquén– Argentina). Interessa-nos mostrar a articulação entre saberes indígenas e acadêmicos e a fusão destes para servir como prova legal; a produção desses saberes embasa-se em técnicas de mapeamento cultural.Esta estratégia se implementou em oficinas e visitas com registros audiovisuais, com o objetivo de elaborar documentos fundamentados na compreensão, memória e comunicação com o território ocupado e reocupado. Durante o processo de pesquisa abriram-se espaços para apresentação e discussão do que é o conhecimento e como este pode ser convalidado frente a justiça. Isso se refletiu em mapas culturais que são agora revistos para registrar novos conhecimentos sobre estes e outros espaços territoriais. A produção conjunta de saberes não foi isenta de dificuldades éticas e sobretudo, epistêmicas, pois o conhecimento se produz em contextos politicamente carregados, e a articulação entre acadêmicos e indígenas torna-se muito sensível.Isso dá oportunidade para uma reflexão sobre interculturalidade,interdisciplinaridade e ações interepistêmicas.

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Publicado

2014-11-28

Como Citar

Díaz, R. (2014). A produção de conhecimento na defesa das terras indígenas: entre epistemologia, identidade e política. Tellus, (20), 13–38. https://doi.org/10.20435/tellus.v0i20.213

Edição

Seção

Dossiê: Contribuições para o diálogo de saberes em situação précolonial