Educação escolar indígena: um estudo sociolinguístico do nheengatu na comunidade Pisasu Sarusawa do rio Negro, Manaus, AM
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v17i33.443Palabras clave:
línguas indígenas, bilinguismo, revitalização.Resumen
Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de pesquisa da língua nheengatu na comunidade Pisasú Sarusawa do povo Baré, no município de Manaus, Estado do Amazonas. Trata-se de um estudo sobre a situação sociolinguística na escola indígena Puranga Pisasú. As metodologias utilizadas foram abordagem quali-quantitativa, pesquisa de campo e de estudo descritivo, e as técnicas empregadas foram questionário semiestruturado, entrevista e observação participante. A pesquisa faz parte do projeto em andamento “Educação Escolar Indígena: um estudo sociolinguístico do nheengatu no município de Manaus”, cujo objetivo final foi avaliar o grau de manutenção, ameaça de deslocamento sociolinguístico e/ou o processo de revitalização da língua nheengatu por meio do ensino oferecido pela escola em questão. Foram pesquisados 128 informantes sobre competências e habilidades na fala do nheengatu. O estudo constatou que, destes, apenas 25, na faixa-etária acima dos 40 anos, falam fluentemente a língua, 38, na faixa-etária entre 20 a 39 anos, apenas entendem e sabem falar algumas palavras, os demais, 65, na faixa-etária de 3 a 19 anos não falam e apenas entendem a língua geral. O estudo verificou também que houve uma descontinuidade na transmissão do nheengatu entre este grupo de falantes, que passaram a falar mais o português. Atualmente, a língua geral passa pelo processo de revitalização na comunidade do povo Baré.Citas
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