A corporeidade da mulher Xavante: um movimento da cosmogonia
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v18i37.500Palavras-chave:
Corporeidade, interculturalidade, educação, movimentoResumo
O texto tem o objetivo de apresentar de modo sucinto a corporeidade e o movimento da cosmogonia das mulheres da aldeia Pimentel Barbosa. As protagonistas são as mulheres idosas que não conhecem a cultura escolar, mas são guardiãs da cultura do povo Xavante, no texto usando o nome que eles se autodenominam A’uwẽ uptabi (entendimento próximo por povo autêntico e verdadeiro). O questionamento maior é realizado pelas próprias mulheres quando perguntam – por que falam muito da festa dos homens A’uwẽ e não falam das mulheres? É comum leituras extensas em obras da antropologia, da linguística, educação, enfim, vários autores que pesquisaram esse povo fazem abordagens acerca dos rituais masculinos e não colocam as mulheres em evidências. A metodologia usada é parte da tese doutoral, em que o enfoque são elas, mas também informações obtidas por meio das conversas informais e vivências com essas mulheres em outros momentos que não são de pesquisas. As fontes advêm do universo da fenomenologia, Merleau-Ponty (2009, 2006), Freire, Astrain e outros autores. O resultado da discussão é o debate de como tem caminhado a questão do diálogo entre povos indígenas e não indígenas no sentido de interculturalidade; como vive esse povo em meio ao contexto cultural de contato não indígena. Assim, o texto vai se desenhando e fazendo uma pintura em paisagem colorida mostrando o universo dessas mulheres, sua relação com o mundo cósmico e com o mundo ocidental.Referências
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