Povos indígenas e transformações na universidade: Conflitos e dilemas étnicos nos caminhos que se bifurcam

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/tellus.v23i51.872

Palavras-chave:

Povos Indígenas, transformação, Universidade

Resumo

A partir de pesquisa etnográfica entre acadêmicos indígenas em Roraima, o artigo destaca dois episódios paradigmáticos envolvendo racismo e autoidentificação étnica que aconteceram em campo, para refletir sobre as transformações que vêm ocorrendo tanto nas universidades quanto no movimento indígena. O conflito – ou encontro – de diferentes epistemes no ambiente acadêmico torna este um locus de disputas em torno da etnicidade, das práticas culturais e dos direitos indígenas. A (re)afirmação da identidade e da presença indígena na universidade acaba sendo uma forma de realizar a sua própria produção e organização da diferença, ressaltando demarcadores étnicos, epistêmicos, territoriais e culturais. Por fim, trago um trecho da Aula Magna de Davi Kopenawa Yanomami na UFRR para refletir sobre a lógica das transformações (ou bipartições/bifurcações) indígenas, que continuam a ocorrer no meio universitário com o risco de este revelar-se um labirinto: um caminho tortuoso, perigoso e confuso como costuma ser a mente dos brancos. 

Biografia do Autor

João Francisco Kleba Lisboa, Universidade de Brasília (UnB)

Doutor em Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bacharel em Direito pela UFSC. Pesquisador independente. Membro do conselho da Ethnic Relations and Indigenous Peoples (ERIP), sessão da LASA. Atualmente, é professor substituto no Departamento de Antropologia (DEAN) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.

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Publicado

2023-11-17

Como Citar

Lisboa, J. F. K. (2023). Povos indígenas e transformações na universidade: Conflitos e dilemas étnicos nos caminhos que se bifurcam. Tellus, 23(51), 99–129. https://doi.org/10.20435/tellus.v23i51.872