Localização, orientação e representação espacial como expressão de territorialidades indígenas
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v0i42.669Palabras clave:
Território, Licenciatura Intercultural, Indígenas Xakriabá.Resumen
O artigo analisa tensões entre práticas de localização, orientação e representação espacial próprias dos Indígenas Xakriabá e aquelas que se configuram quando estudantes desse povo participam de uma disciplina, ministrada na universidade e no território indígena, em uma licenciatura intercultural. Iluminadas pelo pensamento decolonial e fundamentadas em formulações indígena e não indígena, território é entendido como um espaço de poder, luta, resistência e uso, uma herança que passa de geração para geração, um dos sentidos da interculturalidade na vida contemporânea Xakriabá. Embasada nessa formulação, a análise da participação e dos registros dos estudantes - mapas, desenhos, textos - e relatos orais mostram que tensões surgem nas práticas, tanto na universidade quanto no território indígena porque os estudantes constroem representações espaciais em estreita relação com a dinâmica de uso do seu território que, muitas vezes, não podem ser representadas pelos elementos técnicos de projeção do espaço no plano ou mesmo pelas referências geográficas. Conclui-se que as práticas de formação vivenciadas pelos estudantes contribuíram para a construção de novas territorialidades e que o estudo dessas noções pode compor um currículo como ferramenta político-pedagógica de fortalecimento das relações etnoterritoriais de professores indígenas.
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