Reflexão e militância: Aracy Lopes da Silva e o Plano Nacional de Educação
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v0i31.409Resumo
É difícil pensar num tema que imponha ao mesmo tempo tantos desafios à reflexão antropológica e à militância indigenista como a questão da escola entre povos indígenas. É por ter enfrentado ambos que a antropóloga Aracy Lopes da Silva é considerada uma referência marcante no campo da educação indígena que pode ser acompanhada, desde os anos 1970, quando esteve à frente da Subcomissão de Educação da Comissão Pró-Índio de São Paulo, até os anos 2000, quando finalizou um conjunto de coletâneas que difundiu os resultados de uma ampla pesquisa temática sobre Antropologia, História e Educação, por ela coordenada na Universidade de São Paulo. Nesse espectro de tempo, vemos uma antropóloga profundamente comprometida com o rigor da disciplina, que abraçou com entusiasmo, e com uma causa, na qual militou com vigor, sendo reconhecida dentro e fora da academia. Se reflexão e militância não raro se imbricam e se misturam, quase sempre uma comprometendo a outra, a produção e a atuação de Aracy Lopes da Silva sobre educação indígena revelam que ela soube, como poucos, administrá-las, tecendo elos e interfaces quando cabiam, preservando searas quando eram necessárias.
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