“No tempo do SPI”: proteção e indianidade entre os povos indígenas de Oiapoque
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v19i38.553Palavras-chave:
Povos indígenas, Oiapoque, SPI, Proteção tutelar, Indianidade.Resumo
A controversa e contraditória “proteção tutelar” do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) marca a história e a trajetória de muitos povos indígenas no Brasil. Na região de Oiapoque, caracterizada pela condição de fronteira, os povos indígenas foram atendidos pela agência indigenista que instalou a partir da década de 1940 dois postos indígenas – Posto Indígena Luiz Horta e Posto Indígena Uaçá –, contudo, o sentimento de indianidade sobreviveu às práticas indigenistas e nos tempos hodiernos emerge como potencialidade histórica. A perspectiva da história crítica e “vista de dentro” possibilita que novas abordagens contribuam para que a narrativa indígena se consolide como um campo disciplinar sensível, revelador e significativo para a discussão historiográfica. Assim, este artigo se propõe a problematizar a compreensão da história indígena regional, em um contexto situado da Amazônia setentrional, ao mesmo tempo em que aborda as instâncias da “proteção” da agência indigenista e da “indianidade” entre os povos indígenas de Oiapoque.
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