A educação indígena Pataxó: entre distopias e utopias
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v20i41.648Palavras-chave:
educação indígena, povo Pataxó, indígenas da BahiaResumo
Este artigo reflete sobre as concepções de educação escolar indígena que vêm sendo construídas por educadores Pataxós da Reserva da Jaqueira − Coroa Vermelha, pertencente ao município de Santa Cruz Cabrália (Bahia), explorando seus vínculos com os contextos sociais e políticos dessa etnia, desde a desterritorialização do passado à (re)territorialização do presente, em consonância com as novas empreitadas nas quais se encontram a instalação e implementação da escola indígena e demais ações culturais. A reflexão, empreendida em perspectiva histórica, focaliza três momentos na configuração destas relações: o primeiro compreende o período marcado pelas políticas de integração e de assimilação das comunidades indígenas à cultura dominante; o segundo abarca a construção das políticas públicas para as escolas indígenas; e o terceiro se vincula à construção do projeto educacional pelas comunidades Pataxós da Bahia. A análise etnográfica permite ver a constituição de uma educação específica, diferenciada, multicultural e bilíngue, fruto de reivindicações e da conscientização desse povo, que tem entendido a educação escolar como instrumento de luta e de exercício de alteridade.
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