Ambiente, saúde e estratégias de territorialização entre os índios Baniwa do Alto Rio Negro

Autores

  • Luiza Garnelo
  • Laise Diniz
  • Sully Sampaio
  • Adeilson Silva

Resumo

O artigo analisa estratégias de territorialização empreendidas pelo grupo indígena Baniwa marcadas pela produção de fronteiras materiais e simbólicas entre as fratrias e sibs, segundo a perspectiva mítico cosmológica,da política do parentesco e das relações contato interétnico.O território nativo, entendido como espaço delimitado, produzido pela ação política de grupos sociais em disputa, oferece base física e simbólica à exacerbação das diferenças internas do grupo demarcadas pelo uso dos diacríticos contrastantes que também operam como resposta aos conflitos sociocósmicos expressos nas agressões xamânicas. A geografia mítica Baniwa expressa relações espacializadas com a alteridade cósmica e distinções hierarquizadas entre os consanguíneos que modulam a apropriação de recursos ambientais necessários à subsistência. Produziu também um conjunto de práticas tradicionais de cura e cuidados com a saúde, em que o território, a filiação étnica e a comensalidade têm papel primordial na manutenção da saúde.

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Publicado

2014-11-27

Como Citar

Garnelo, L., Diniz, L., Sampaio, S., & Silva, A. (2014). Ambiente, saúde e estratégias de territorialização entre os índios Baniwa do Alto Rio Negro. Tellus, (18), 39–63. Recuperado de https://tellus.ucdb.br/tellus/article/view/199