O feto agressivo, parto, formação da pessoa e mito-história nos Andes
Resumo
Partindo de um estudo etnográfico e linguístico sobre a mortalidade materna na Bolívia, este trabalho etno-obstétrico trata da concepção, da gestação e do parto em uma comunidade falante de quéchua, em Potosí. Analisa o paralelismo estabelecido entre a formação recente da pessoa e as origens mito-históricas da sociedade. A substância pagã pré-hispânica flui constantemente para uma sociedade de conversos, dando realidade ao conceito jurídico do “índio originário”. Propõe-se superar a oposição entre as interpretações “essencialistas” e “hibridistas” da sociedade indígena,ao mostrar que o “originário” necessariamente se constroi pelos aldeões como “essencial”, porém, sem por isso negar sua constante transformação histórica. Os ritos de separação do “feto agressivo” da mãe também estabelecem perguntas aos psicanalistas sobre a influência que podem ter as experiências perinatais sobre a formação individual em diferentes contextos históricos e culturais.Downloads
Publicado
2014-11-27
Como Citar
Platt, T. (2014). O feto agressivo, parto, formação da pessoa e mito-história nos Andes. Tellus, (17), 61–109. Recuperado de https://tellus.ucdb.br/tellus/article/view/182
Edição
Seção
Artigos
Licença
Todos os artigos publicados na Revista Tellus estão disponíveis online e para livre acesso dos leitores, tem licença Creative Commons, de atribuição, uso não comercial e compartilhamento pela mesma. Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.