Perspectivas históricas sob a perspectiva dos Apinaje
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v19i38.547Palavras-chave:
Índios Apinaje, História Indígena, historicidade.Resumo
Partindo da afirmação de Roberto DaMatta, em seu livro Relativizando ([1987] 1993, p. 121), de que os Apinaje “têm uma noção de tempo e de duração de tempo, mas não tem uma perspectiva histórica”, apresentamos as categorizações existentes no pensamento daquele povo para se referir a eventos no passado. Discutimos também sobre o regime de historicidade próprio dos Apinaje e argumentamos que é preciso questionar a própria categoria de História, tal como compreendida no Ocidente, para compreendermos as formas daquele povo se relacionar com o seu passado.
Referências
APINAGÉ, Cassiano Sotero. Escola, meio ambiente e conhecimentos: formas de ensinar e aprender na teoria e na prática entre os Apinajé. Orientador: Odair Giraldin. 2017. 184 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Ambiente) - Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, Tocantins, 2017.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Lógica do mito e da ação: o Movimento Messiânico Canela de 1963. In: CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Antropologia do Brasil. Mito, história, etnicidade. São Paulo: Brasiliense/EDUSP, 1986. [Publicado originalmente em 1973].
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Legislação indigenista no século XIX: uma compilação (1808-1889). São Paulo: Edusp/Comissão Pró-Índio, 1992a.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela (Org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Secretaria Municipal da Cultura/FAPESP/Companhia das Letras, 1992b.
CASTELNAU, Francis. Expedições às regiões centrais da América do Sul. São Paulo: Editora Nacional, 1949. 2 vols. [Publicado originalmente em 1844].
COUDREAU, Henri. Voyage au Tocantins-Araguaya: 31 décembre 1896-23 mai 1897. Paris: A. Lahure Imprimeur-Éditeur, 1897.
DAMATTA, Roberto A. Mito e antimito entre os Timbira. In: LÉVI-STRAUSS, C. et al. Mito e linguagem social. Ensaios de Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1970.
DAMATTA, Roberto A. Um mundo dividido: a estrutura social dos índios Apinayé. Petrópolis: Vozes, 1976.
DAMATTA, Roberto A. Relativizando. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. [Publicado originalmente em 1987].
Giraldin, Odair. Axpên Pyràk. História, cosmologia, onomástica e amizade formal Apinaje. 2000. Orientadora: Vanessa Rosemary Léa. 296 p. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2000.
GIRALDIN, Odair. Nomes, tradição oral e identidade. Revista Mosaico, v. 4, n. 2, p. 223-34, jul./dez. 2011a.
GIRALDIN, Odair. Creating Affinity: formal friendship and matrimonial alliances among the Jê people and the Apinaje case. Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, Brasília, v. 8, n. 2, 2011b. Disponível em: http://www.vibrant.org.br/issues/v8n2/odair-giraldin-creating-affinity/
HILL, J. D. Introduction. Myth And History. In: HILL, J. (Ed.) Rethinking history and Myth: indigenous South American perspectives on the past. Illinois: University of Illinois Press, 1988.
LEA, Vanessa The origin of white men from caterpillars. In: WILBERT, J.; SIMONEAU, K. (Ed.). Folk Literature of the Gê Indians. Los Angeles: Latin American Center Publications / University of California, 1984. V. II.
LÉVI-STRAUSS, C. O campo da Antropologia. In: LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia Estrutural Dois. 4. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1993. [Publicado originalmente em 1960].
LÉVI-STRAUSS, C. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus, 1989. [Publicado originalmente em 1962].
MELATTI, Julio Cezar. O messianismo Krahó. São Paulo: Editora Herder / Editora da USP. 1972.
NIMUENDAJÚ, Curt U. The eastern Timbira. Califórnia: University of California Press, 1946.
NIMUENDAJÚ, Curt U. Os Apinayé. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1983. [Publicado originalmente em 1939].
OLIVEIRA, Carlos Estevão. Os Apinagé do Alto-Tocantins. Boletim do Museu Nacional, Rio de Janeiro, v. VI, n. 2, 1930.
PALACIN, Luis G. Coronelismo no extremo norte de Goiás - o Padre João e as três revoluções de Boa Vista. Goiânia: CEGRAF; São Paulo: Edições Loyola, 1990.
RIMINI, Savino de. Tra i Selvaggi Dell’Araguaya. Memorie illustrate dei miei 29 anni di missione. Ancona: Scuola Tipografica Francescana, 1925.
SAHLINS, Marshall. Historical Metaphors and Mythical Realities. Structure in the Early History of the Sandwich Islands Kingdom. Michigan: The University of Michigan Press, 1981.
SAHLINS, Marshall. Ilhas de História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 1990. [Publicado originalmente em 1985].
SANTOS, Paulete Maria Cunha dos. Leolinda Daltro, a caminhante do futuro: uma análise de sua trajetória de catequista a feminista (Rio de Janeiro/Goiás - 1896-1920). Orientadora: Eliane Crsitina Deckmann Fleck. 2014. Tese (Doutorado em História) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), São Leopoldo, Rio Grande do Sul, 2014.
SCHULTZ, Harald. Lendas dos índios Krahó. Revista do Museu Paulista, N.S., v. IV, p. 86-93. 1950.
SOARES, Ligia Raquel Rodrigues. Eu sou o gavião e peguei a minha caça?. O ritual Pep-cahàc dos Ràmkôkamẽkra/Canela e seus cantos. Coorientador: Odair Giraldin. 2015. 300f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015.
TAUNAY, A. Os primeiros anos de Goyaz (1722-1748). São Paulo: Imprensa do Estado, 1950.
VIDAL, Lux B. Morte e Vida de uma Sociedade Indígena Brasileira - os Kayapó-Xikrin do Rio Cateté. São Paulo: Editora HUCITEC/EDUSP, 1977.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. História Ameríndias. Novos Estudos CEBRAP, n. 36, p. 22-32, jul./1993.
WILBERT, J.; SIMONEAU, K. (Org.). Folk Literature of the Gê Indians. Los Angeles: UCLA / Latin American Center Publications, 1978. V. I.
WILBERT, J.; SIMONEAU, K. Folk Literature of the Gê Indians. Los Angeles: UCLA / Latin American Center Publications, 1984. V. II.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todos os artigos publicados na Revista Tellus estão disponíveis online e para livre acesso dos leitores, tem licença Creative Commons, de atribuição, uso não comercial e compartilhamento pela mesma. Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.