Amazônia: as últimas línguas indígenas sobreviventes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/tellus.v22i49.829

Palavras-chave:

sociolinguística, línguas amazônicas, povos indígenas, línguas em perigo

Resumo

Neste artigo, apresentamos as línguas indígenas da Amazônia, as que já foram extintas, as que continuam sendo faladas e já registradas e as línguas dos povos indígenas isolados, com especial atenção a essas últimas línguas indígenas amazônicas brasileiras que restaram após mais de quatro séculos de colonização.  Para a organização e discussão do estudo, dividimos as línguas em cinco categorias: vivas, extintas, mortas, debilitadas e revitalizadas. A metodologia utilizada foi de abordagem qualitativa e as técnicas empregadas foram de metapesquisa com foco na triangulação dos dados bibliográficos e de pesquisa etnográfica. O estudo constatou que há 36 famílias linguísticas e das 718 línguas indígenas que havia na Amazônia brasileira, apenas 26 são, ainda, faladas fluentemente e de forma interrupta por cerca de 5 mil ou mais falantes dentro de cada etnia, 438 foram extintas, 3 estão mortas e possuem apenas registros escritos, 243 estão debilitadas e são faladas por pequenos grupos e pessoas mais idosas, geralmente, acima dos 40 anos e 8 foram revitalizadas. Ou seja, reintroduzidas na prática de interação e comunicação da comunidade linguística. Abordamos neste trabalho, também, o conceito de cada uma dessas categorias de línguas indígenas e a situação em que cada língua se encontra dentro do contexto dessas categorias linguísticas.

Biografia do Autor

Ademar dos Santos Lima, Universidade de Brasília (UnB)

Doutorando em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Letras e Artes pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Licenciado em Letras Língua e Literatura Inglesa pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Professor de Nível Superior na Secretaria Municipal de Educação de Manaus.

Rosineide Magalhães de Sousa, Universidade de Brasília (UnB)

Pós-doutora em Linguística Aplicada pela Universidade de Campinas (Unicamp). Doutora e mestre em Linguística (Sociolinguística) pela Universidade de Brasília (UNB). Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Professora Associada da UNB, atuando no Curso: Licenciatura em Educação do Campo, na área de Linguagem: Linguística. Está credenciada no Programa de Pós-Graduação de Linguística (PPGL) na UNB. Pesquisadora do Observatório da Educação do Campo, da CAPES. Líder do grupo de pesquisa Sociolinguística, Letramentos Múltiplos e Educação (SOLEDUC), certificado pelo CNPq.

Antonio Augusto Souza Mello, Universidade de Brasília (UnB)

Pós-doutor, doutor e mestre em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).Graduado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (ÚNICAMP). Professor Adjunto IV da Universidade de Brasília (UnB). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística Histórica.

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Publicado

2022-10-24

Como Citar

Lima, A. dos S., Sousa, R. M. de, & Mello, A. A. S. (2022). Amazônia: as últimas línguas indígenas sobreviventes. Tellus, 22(49), 133–171. https://doi.org/10.20435/tellus.v22i49.829

Edição

Seção

Dossiê Estudos indígenas, políticas curriculares e políticas linguísticas