Agrotóxico na Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo): interfaces com os territórios indígenas e os polinizadores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/tellus.v23i51.924

Palavras-chave:

Política Pública, Polinizadores, Agroecologia, Territórios indígenas, Agrotóxico

Resumo

Objetiva-se refletir sobre os desafios contemporâneos na construção da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo) e seus planos, bem como sua interface com uso dos agrotóxicos nos contextos territoriais indígenas e segurança alimentar, associada à conservação da biodiversidade, com ênfase nos polinizadores. Trata-se de uma pesquisa documental, realizada no período de maio a outubro de 2022 nas bases da SciELO e do Google Acadêmico. Esse estudo estrutura-se em quatro fases: na primeira é evidenciada a Construção da Pnapo e seus Planapos I e II; a segunda traz uma reflexão sobre a Pnapo e o caso dos agrotóxicos; na terceira discute-se a relação da Pnapo com os territórios indígenas, o caso das zonas livres de agrotóxico e, por fim, a quarta tece considerações sobre a Pnapo e sua inserção na segurança alimentar com ênfase no serviço ecossistêmico dos polinizadores, na qual é questionado o papel dos agrotóxicos nessa relação. O estudo apontou a importância dos movimentos sociais na construção da Pnapo que, sob o marco da agroecologia (na revalorização do saber popular tradicional ou indígena), ressignificou a discussão de temas relevantes como a problemática dos agrotóxicos na expansão das monoculturas de exportações e a ingerência de zonas livres de agrotóxico em Territórios indígenas, além do comprometimento desses agroquímicos na proteção da biodiversidade e o (re)equilíbrio ecológico. Contudo, aponta-se incertezas no campo sociopolítico e econômico do país provocados pelas reformas ministeriais, legais e de saúde (Pandemia da Covid-19), foram os desafios contemporâneos que mais comprometeram a ação da Pnapo.

Biografia do Autor

Rita de Cássia Matos dos Santos Araújo, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/DTCS III). Mestrado em Botânica pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Especialista em Botânica com ênfase na Flora do Nordeste pela UEFS. Especialista em Ciências pelo Instituto Anísio Teixeira (SEC/IAT). Licenciada em Ciências Biológicas pela UEFS. Professora Assistente da Universidade do Estado da Bahia UNEB, Paulo Afonso. 

Wbaneide Martins de Andrade, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Doutora em Etnobiologia e Conservação da Natureza pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (PPGE/UFRPE), atua na área de Botânica, Etnobotânica, Etnoecologia e Conservação da Biodiversidade com ênfase na flora e vegetação da Caatinga. Professora Adjunta da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/DEDC/VIII), Paulo Afonso. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental da UNEB/DTCS III. Vice líder do Grupo de Pesquisa em Etnobiologia e Conservação dos Recursos Naturais da UNEB.

Eliane Maria de Souza Nogueira, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Doutora e mestre em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Graduada em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia do Recife. Professora Adjunta da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/DEDC/VIII), Paulo Afonso. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental da UNEB/DTCS III e do Programa do Programa de Pós-graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da UNEB.

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Publicado

2023-11-17

Como Citar

Araújo, R. de C. M. dos S., Andrade, W. M. de, & Nogueira, E. M. de S. (2023). Agrotóxico na Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo): interfaces com os territórios indígenas e os polinizadores. Tellus, 23(51), 227–253. https://doi.org/10.20435/tellus.v23i51.924