Chefia indígena, política indigenista e missões religiosas: a perda do carisma de xamãs Kaiowá e Guarani na Reserva Multiétnica de Dourados (1917-1980)
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v0i28.312Resumo
Neste artigo, abordo o problema da perda da eficácia das curas dos xamãs Kaiowá e Guarani na reserva de Dourados, entre 1928 e 1980. A temática se associa à questão da conversão religiosa dos Kaiowá e Guarani a igrejas evangélicas. Neste texto, mostro que vários elementos da política indigenista do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), em associação à Missão Evangélica Caiuá, contribuíram para a descrença dos próprios Kaiowá e Guarani em relação às curas dos xamãs. Entre eles, destaco as situações de violência simbólica e física contra os praticantes da religião dos Kaiowá e Guarani na reserva de Dourados, nas décadas de 1960 e 1970. Essas situações podem ser consideradas casos de intolerância religiosa. O artigo se insere nos campos da Antropologia Política e Antropologia da Religião.
Palavras-chave: Kaiowá e Guarani; Intolerância religiosa; Xamãs.
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