Memória e (re)existência: a trajetória intercultural da Ação Saberes Indígenas na Escola
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v20i43.704Palavras-chave:
saberes indígenas, educação escolar indígena, escola, (re)existência, interculturalidadeResumo
A Ação Saberes Indígenas na Escola produz movimentos importantes na direção da escola indígena sonhada. O presente texto narra a intensidade, as contradições, alegrias e dores da relação entre agentes da universidade e das comunidades Kaingang e Guarani que participam deste programa. A reflexão, de autoria de um professor formador Kaingang e de duas professoras não indígenas coordenadoras institucionais da Ação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, permeou também as vivências aqui relatadas e suas contribuições para compreender os sentidos da interculturalidade nos diálogos, no trabalho nas escolas indígenas, nas comunidades e na universidade. O debate sobre a afirmação/recuperação das línguas, a elaboração dos materiais didáticos, as reflexões sobre a escola indígena e a organização das lutas por meio do espaço desta Ação reverberam em aprendizagens aqui narradas, como memória e (re)existência da caminhada intercultural.
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