Críticas e preconceitos ocidentais em contraposição às formas de aculturação e concepções ameríndias
DOI:
https://doi.org/10.20435/tellus.v19i40.617Palabras clave:
Etnologia. Professores indígenas. Diversidade Cultural.Resumen
Este artigo tem como objetivo apresentar uma interpretação dos preconceitos
ocidentais direcionados aos povos indígenas em contraposição às formas de aculturação e as
formas distintas de como se concebem o poder. Lançamos mão de análises antropológicas às
reflexões próprias, à luz da condição atual e passada dos povos ameríndios e de histórias que
traduzem as influências, preconceitos e articulações frente as reflexões com posicionamentos
críticos de Pierre Clastres e Viveiros de Castro, acerca da “sociedade contra o Estado”.
Percorreremos a acepção de cultura, a crise do termo “aculturação”, a colonialidade do ser e
do saber indígena e as transformações sociais, a partir de debates de caráter ocidental e
diferentes formas de conhecimentos (etnoconhecimentos). Pois, há uma crítica antiga ao
termo “aculturação” na antropologia, todavia os povos indígenas se ressentem de processos
considerados como aculturativos, já que a aculturação é vista como a opressão, desde o início
da colonização a partir de 1500 até o presente, de subalternização, espoliação e inferiorização
dos povos indígenas.
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